A greve dos trabalhadores da CP levou, esta terça-feira, à supressão de 65% dos comboios no país, tendo-se efetuado os restantes 35% devido ao cumprimento dos serviços mínimos, informou fonte da CP.
Corpo do artigo
De acordo com dados oficiais da CP, desde a meia-noite, quando se iniciou a greve, até às 08.00 horas, foi possível efetuar 35% do total de circulações, uma vez que todos os serviços mínimos foram cumpridos integralmente de norte a sul do país.
Os comboios mais afetados pela paralisação foram os regionais e interregionais, precisou Bruno Martins do gabinete de comunicação da CP.
A circulação de comboios deve continuar a sofrer perturbações ao final do dia, sobretudo nos serviços Urbanos, Regional e InterRegional devido à greve dos trabalhadores da CP, CP Carga e REFER marcada para este dia de Carnaval.
Segundo a CP - Comboios de Portugal, podem ocorrer atrasos e supressões de comboios ao final do dia, com especial incidência nos serviços Urbanos, Regional e InterRegional, resultado da contestação dos trabalhadores à alteração da legislação que reduziu para metade o valor pago pelo trabalho extraordinário, em dia de descanso semanal e feriado.
A Lusa contactou o Sindicato de Transportes e Comunicações, mas ainda não foi possível obter dados da adesão à greve do ponto de vista dos trabalhadores.
Em declarações anteriores à Lusa, o coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, José Manuel Oliveira, antecipou "um impacto muito significativo" da greve dos trabalhadores no Carnaval.
Segundo a CP, em 2012 foram suprimidos, por motivos de greve, 30445 comboios o que representou 7% dos comboios programados.
No último ano, as receitas do tráfego diminuíram um milhão de euros, para 211 milhões de euros, o que foi justificado com a perda de 11,4% de passageiros, a que a empresa considera que "não foi alheio o elevado número de greves que ocorreram durante todo o ano, com especial significado no último trimestre".