Setores-chave da economia e em expansão continuam a enfrentar dificuldade em contratar pessoal face ao volume da procura.
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As empresas portuguesas querem crescer mas continuam a debater-se com a falta de mão de obra em setores-chave da economia. Só na construção e imobiliário estão em falta 70 mil operários, número que sobe para os 140 mil se lhe juntarmos as atividades de alojamento e restauração, a metalurgia e metalomecânica e a indústria têxtil e do vestuário. Apenas o calçado assume não ter grandes necessidades imediatas, a não ser "pontuais" e em "zonas de forte concentração" do setor.
Na construção, a situação é preocupante. No último inquérito trimestral da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) à atividade, relativo ao segundo trimestre, 74% das empresas apontaram a falta de mão de obra especializada como "um dos maiores constrangimentos ao exercício da sua atividade". Reis Campos, presidente da AICCOPN, reclama um "regime especial de mobilidade transnacional" que permita trazer para o país profissionais que trabalham nas construtoras portuguesas no exterior, mas também que se atue na formação profissional, lamentando a concentração desta nas escolas, que orientam os alunos para cursos profissionais sem correspondência com as efetivas necessidades.
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