O Instituto do Emprego e Formação Profissional "anulou" 18.802 desempregados que estavam registados nos centros de emprego do distrito de Aveiro, no primeiro semestre do ano, segundo a União dos Sindicatos de Aveiro.
Corpo do artigo
Joaquim Almeida, coordenador da União dos Sindicatos de Aveiro (USA) diz que chegaram a esta conclusão depois de terem comparado os dados sobre o desemprego que o IEFP publica mensalmente e terem verificado que "não há sintonia entre o número de desempregados registados e os inscritos".
"Podemos admitir que algumas pessoas possam ter ido para a reforma e outras terão conseguido emprego, mas cremos que a maioria estará nas chamadas medidas activas de emprego, como as Novas Oportunidades. Portanto, é gente que de facto está desempregada, mas que não contam como desempregados", conclui.
Contactado pela Lusa, o gabinete de comunicação do IEFP, limitou-se a dizer que "os critérios de anulação de desempregados são os mesmos há mais de 20 anos, e aprovados inclusive por todos os parceiros sociais".
"As anulações resultam do trabalho dos técnicos do IEFP, cerca de 1000, que possuem a password, sendo a crítica da USA uma suspeição sobre esse trabalhadores", adianta a mesma fonte.