As greves na CP vão continuar caso a empresa deixe de aplicar o acordo de empresa, validado pelas finanças, assegurou o presidente do sindicato dos maquinistas, António Medeiros.
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O dirigente sindical afirmou que os maquinistas darão "continuação do conflito e da greve", que se irá sentir nos próximos dias, "caso a empresa não retroceda das suas intenções".
Os maquinistas mantêm a "exigência da aplicação do acordo de empresa, que teve o apoio das finanças", e que a administração "com o pretexto de uma inspecção geral não o aplica", acrescentou.
O representante sindical esclarece que em relação à supressão de comboios "a empresa para diminuir a oferta na linha de Cascais, não tem qualquer justificação", e que "não pode justificar a redução da oferta com a greve dos maquinistas".
António Medeiros disse ainda que os "maquinistas estão disponíveis", e que "é um argumento falso que a empresa deve esclarecer a população", das "razões da supressão dos comboios e da diminuição da oferta".
O sindicalista defende que a "administração está a aproveitar-se de uma luta justa dos maquinista" para "concretizar um plano de diminuição muito significativa da circulação de comboios", em todo o país.
A razão da "diminuição da oferta, e da disponibilidade de transporte às populações" serve "para reduzir custos, mas empresa justifica-o com a greve dos maquinistas", o que "não tem nada a ver uma coisa com a outra", sendo "uma falsidade completa", acrescentou.
Os comboios das linhas urbanas de Lisboa e Porto não circularam esta manhã devido a uma greve marcada pelos maquinistas e que se irá estender às composições regionais e internacionais durante parte da tarde e noite de hoje.
A administração da CP divulgou um comunicado em que alerta que a "normalidade da circulação só deverá estar totalmente restabelecida a partir das 14.00 horas ou 15.00" horas.