"Talento verde" é cada vez mais necessário, mas é difícil de o recrutar
Falta de profissionais especializados em sustentabilidade leva empresas a requalificar atuais funcionários para a transição verde e a acumular tarefas.
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As opiniões são unânimes: o recrutamento de "talento verde" está a crescer e é uma preocupação cada vez mais significativa para as empresas. Seja por força das novas leis que obrigam à proteção do ambiente ou pela exigência dos consumidores, a sustentabilidade rege hoje vários negócios, como o retalho alimentar, a banca, os seguros, a indústria e a energia. Contudo, faltam profissionais especializados para preencher os chamados "empregos verdes". Os constrangimentos têm levado as organizações a recorrer à requalificação dos atuais funcionários para a transição verde e até solicitar a acumulação de funções.
Os vários estudos internacionais são claros quanto à necessidade de ter mais gente a trabalhar em sustentabilidade. "Segundo dados da [consultora] McKinsey, o emprego no setor das energias renováveis pode crescer em mais de quatro milhões de vagas na Europa até 2030", aponta Bernardo Samuel. O responsável pelo recrutamento permanente da Adecco Portugal adianta ter verificado um "aumento anual de cerca de 30% na procura destes perfis [talento verde]" no território nacional.