Após o cancelamento de mais de 2500 voos devido ao coronavírus Covid-19, TAP cancela também os prémios definidos.
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O surto do novo coronavírus (Covid-19) continua a levar a alterações na companhia aérea. Agora foram tomadas medidas de redução de custos entre as quais cortar a remuneração variável no âmbito do programa de redução de cortes e custos, sabe o "Dinheiro Vivo".
Ao início da tarde a TAP indicava já que, devido ao surto, "decidiu reduzir a capacidade para os próximos meses em cerca de 2500 voos adicionais", que se juntam às mil ligações canceladas na quinta-feira passada.
No total, este ajuste da oferta resulta num cancelamento de 3500 voos, ao longo dos próximos meses.
Mesmo com as duras críticas feitas por Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, a TAP estava a preparar-se para o pagamento de prémios, tal como o acionista David Neeleman tinha avançado em entrevista ao jornal "Observador".
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Agora fica tudo sem efeito.
Esta tarde, em comunicação enviada à CMVM, a TAP dava conta do cancelamento do total de 3500 voos, reforçando outra informação que já tinha facultado na semana passada: "adotou-se um conjunto de iniciativas que visam controlar e reduzir custos, incluindo a suspensão ou adiamento de investimentos não críticos, renegociação de contratos e prazos de pagamento, corte de despesas acessórias, suspensão de contratações de novos trabalhadores, de progressões e de formações, bem como a implementação de programas de licenças sem vencimento temporárias."
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A TAP não é a única companhia aérea a anunciar o cancelamento de voos. No segmento das low-cost, a irlandesa Ryanair anunciou esta segunda-feira o cancelamento de mais voos de e para a Itália, devido ao bloqueio de viagens imposto pelo Governo italiano durante o fim-de-semana.
A companhia aérea Emirates anunciou também alterações à política de alterações e cancelamento de voos. A empresa refere que a nova política, que permite a isenção de taxas de alteração, afetará todos os bilhetes emitidos até 31 de março de 2020.