A taxa de inflação em fevereiro foi 3,6%, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, com um contributo significativo dos preços da energia.
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Em janeiro, a taxa de variação homóloga (ou seja, comparando com o mesmo mês do ano anterior) do Índice de Preços no Consumidor (IPC) tinha sido 3,5%.
O Governo prevê que em 2012 a taxa de inflação atinja os 3,3%. A variação em cadeia (isto é, relativa ao mês anterior) dos preços em fevereiro foi 0,1%, abaixo da registada em janeiro.
Como tem acontecido sistematicamente desde outubro, a classe de produtos onde se registou um aumento mais significativo dos preços foi "habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis" - nesta categoria, os preços cresceram 9,61% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Estes preços foram pressionados pelo aumento das taxas do IVA sobre o gás e a eletricidade, que teve efeito a partir de outubro.
O IPC total está igualmente a ser pressionado desde o início do ano por outro aumento no IVA, com a passagem de uma gama alargada de produtos das taxas reduzida (6%) ou média (13%) para a taxa máxima (23%; valores para o continente - também houve mudanças na Madeira e nos Açores, onde as taxas são inferiores).
Um dos setores mais afetados por este aumento do IVA foi a restauração. Neste setor, os preços cresceram a uma taxa homóloga de 4,01% em fevereiro, depois de terem crescido 3,36% em janeiro. Nos últimos meses de 2011, os preços da restauração cresciam a taxas próximas do 1%.
A inflação subjacente - excluindo os produtos energéticos e os alimentos não transformados - situou-se numa taxa homóloga de 2,2%.