Timor-Leste admite alterar regras do fundo petrolífero que impede compra de dívida portuguesa
O presidente de Timor-Leste admitiu, esta sexta-feira, a intenção de repensar a forma como é investido o fundo petrolífero do país, cujas regras impedem a compra de dívida soberana portuguesa.
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"Como Presidente da República sou muito ambicioso e o meu desejo é repensar o fundo para fazer mais investimentos", disse o presidente timorense, Taur Matan Ruak, no final de um encontro com o chefe de Estado português, Cavaco Silva, no Palácio de Belém, em Lisboa.
A Lei do Fundo Petrolífero foi estabelecida em 2005 com intenção de contribuir para a gestão eficaz dos recursos petrolíferos de Timor-Leste.
O fundo é gerido em conjunto pelo Banco Central de Timor-Leste, responsável pela gestão operacional, e o Ministério das Finanças, responsável pela gestão global.
Em agosto de 2011, o parlamento aprovou uma alteração da lei com o objetivo de flexibilizar a diversificação da carteira de aplicações, que, até àquela data, contava apenas com investimentos em títulos do Tesouro norte-americano, para aumentar o retorno dos investimentos.
No entanto, as regras estabelecem que os investimentos sejam feitos apenas em dívida com a classificação máxima (AAA), que pressupõe um risco menor para o investidor.