A comissão de trabalhadores da NAV, empresa responsável pela gestão do espaço aéreo, apresenta, esta quinta-feira, os motivos que estão na origem de mais cinco dias de greve, a realizar entre o final de junho e o início de julho.
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A posição da comissão de trabalhadores, que será dada a conhecer em conferência de imprensa, surge depois de, na quarta-feira, o ministro da Economia ter acusado os sindicatos do setor dos transportes de exercerem "chantagem" nas greves que estão a realizar.
Álvaro Santos Pereira, que falava no Parlamento, afirmou ainda que a NAV "não pode ser uma exceção" nos cortes salariais e de subsídios de férias e de Natal, até porque "o salário médio da empresa é de 140 mil euros [anuais] e os primeiros 50 trabalhadores ganham em média 175 mil euros [anuais]".
Os trabalhadores da NAV, entre os quais os controladores aéreos, vão estar em greve nos dias 29 e 30 de junho e 1, 2 e 3 de julho, de acordo com um pré-aviso a que a Lusa teve acesso.
Os trabalhadores da NAV em Portugal Continental e na Madeira estarão em greve a 29 e 30 de junho e a 03 de julho, das 6 às 12 horas e das 18 às 22 horas, voltando a parar a 1 e 2 de julho, das 6 às 12 horas e das 17 às 21 horas.
Já nas dependências da NAV nos Açores, a greve abrangerá os dias 29 e 30 de junho, 3 de julho (nestes três dias entre as 5 e as 11 horas e entre as 17 e as 21 horas), 1 e 2 de julho (das 5 às 11 horas e das 16 às 22 horas).
Todos os trabalhadores da NAV estarão também em greve a 02 de julho, durante o período da manhã.
Os trabalhadores da NAV têm cumprido várias greves para contestar a "continuada ausência" de respostas do Governo para uma situação de "instabilidade social sem paralelo" na empresa, queixando-se do impacto das medidas de contenção orçamental.
A última greve dos trabalhadores da NAV decorreu em maio, abrangeu cinco dias e afetou centenas de voos.
A conferência de imprensa da comissão de trabalhadores da NAV está agendada para as 11:00, em Lisboa.