Cerca de 400 trabalhadores do Metropolitano de Lisboa reafirmaram, esta quarta-feira, em plenário, a adesão à greve de 24 horas no dia 2 de Fevereiro e mostraram-se disponíveis para marcar novas paralisações.
Corpo do artigo
"Foi um plenário muito participado. Estiveram à volta de 400 trabalhadores que confirmaram claramente a adesão à greve de 2de Fevereiro", frisou Paulo Machado à Agência Lusa.
O dirigente sindical da FECTRANS, Federação de Sindicatos dos Transportes e Comunicações, acrescentou que do plenário desta quarta-feira saíram ainda "perspectivas de marcação de novas greves".
"Além da greve de 24 horas e da participação na manifestação convocada pela CGTP para 11 de Fevereiro, os trabalhadores admitem voltar a marcar outros dias de luta", indicou.
Paulo Machado revelou que os trabalhadores estão contra as alterações que vão ocorrer no Metro ou seja, a redução da velocidade das composições fora das horas de ponta e a diminuição do número de carruagens à noite, os cortes salariais e os cortes dos subsídios de férias e de Natal, entre outros.
"Os trabalhadores não estão de acordo. Entendem que não devem ser eles a pagar a crise porque não foram eles que a criaram", afirmou o dirigente sindical.
Os trabalhadores rejeitam a proposta de Orçamento de Estado para 2012 e o Plano Estratégico de Transportes, que prevê a fusão do Metropolitano de Lisboa com a Carris.
No plenário foi também aprovada uma moção em que constam todas as contestações dos trabalhadores e que será entregue ao conselho de administração da empresa, ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e a diversos membros do Governo.