Os trabalhadores dos portos cumprem hoje uma greve parcial em protesto contra a revisão do regime jurídico do trabalho portuário, numa altura em que também decorrem paralisações nos setores ferroviário e aeroportuário
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O vice-presidente da Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários (Fesmarpor), Vítor Dias, explicou à Lusa que os trabalhadores dos portos da Figueira da Foz, de Lisboa e de Setúbal estarão em greve em dois períodos: entre as 8 e as 12 horas e entre as 13 e as 17 horas.
A greve dos trabalhadores portuários visa contestar a revisão do regime jurídico do trabalho portuário.
Vítor Dias explicou que, atualmente, os trabalhadores portuários executam todo o tipo de tarefas até ao momento em que a carga embarca no navio. Com a reforma, o Governo quer que os trabalhadores portuários façam apenas o trabalho a bordo.
"O que o Governo pretende é deixar sem ocupação cerca de 50 por cento dos trabalhadores portuários e ir buscar trabalhadores sem qualquer tipo de qualificação" para desempenhar as restantes tarefas, disse o dirigente sindical.
Na aviação, os trabalhadores da empresa de assistência nos aeroportos Portway cumprem hoje uma nova greve de 24 horas, depois da paralisação de quarta-feira, que provocou ligeiros atrasos.
No setor ferroviário, continuam em greve ao trabalho extraordinário, em dia de folga e aos feriados os trabalhadores da CP - Comboios de Portugal, da CP-Carga, da REFER - Rede Ferroviária Nacional e da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF).