Os peritos do FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia entraram no ministério das Finanças pouco antes das 9 horas, onde se vão reunir com as confederações patronais portuguesas, constatou a Lusa no local.
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Os responsáveis das instituições financeiras internacionais vão ouvir a confederação dos agricultores Portugueses (CAP), a Confederação Empresarial Portuguesa (CIP) e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e a Confederação do Turismo Portuguesa (CTP).
"A reunião foi pedida pela 'troika' e nós vamos dizer que o sector agrícola é muito importante nesta altura de crise e pode exportar mais", disse o presidente da CAP, João Machado, à entrada da reunião.
"É preciso continuar a olhar para a agricultura" até porque "é um sector que pode criar mais emprego", defendeu João Machado, acrescentando que "Portugal só tem uma saída: produzir mais".
Também o presidente do Observatório Permanente da Justiça, Boaventura Sousa Santos, será recebido pelos peritos, tendo afirmado à entrada da reunião que irá levantar a questão de saber qual contributo dos tribunais para que a economia funcione bem.
"Para nós, as transacções económicas têm que ser previsíveis, deve haver uma justiça eficiente e uma luta eficaz contra a corrupção", defendeu.
A 'troika' composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE) iniciou na segunda-feira as negociações com os responsáveis portugueses para delinear um plano de ajuda financeira a Portugal, após o pedido feito pelo primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, a 6 de Abril.
A equipa liderada por Jürgen Kröger (CE), Rasmus Rüffer (BCE) e Poul Thomsen (FMI) está a realizar encontros com várias entidades, de modo a estabelecer os compromissos que Portugal terá de assumir para, em troca, receber a ajuda financeira. Quando houver acordo, será redigido um memorando de entendimento, que será enviado para Bruxelas e terá de ser aprovado pelo Ecofin, que reúne os ministros das Finanças da União Europeia.