Os chefes da missão da "troika" (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) exigiram ao Governo grego um plano detalhado sobre a redução de 25 mil empregos no setor público até ao final do ano.
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De acordo com os media locais, que citaram fontes do ministério da reforma administrativa, esta foi a condição imposta pelos credores internacionais para a concessão da nova parcela do empréstimo negociado com Atenas, avaliada em 2800 milhões de euros.
As mesmas fontes referiam que o ministério pretende tornar estes funcionários públicos numa "reserva laboral", pela qual os trabalhadores são retirados dos seus postos com 60% do salário base, sendo definitivamente despedidos caso não consigam no prazo de um ano colocação num outro organismo do Estado.
Fontes ministeriais adiantaram que até ao momento já foi obtida uma redução de 75 mil postos de trabalho através deste e de outro género de medidas, sem necessidade de despedimentos.
Os responsáveis do Governo de coligação esperam ainda que o objetivo em reduzir 150 mil funcionários públicos até ao final de 2015 - medida prevista no segundo memorando firmado por Atenas com a "troika" - seja cumprido sem novos despedimentos.
No entanto, vários tribunais de primeira instância já se pronunciaram a favor de diversos funcionários que processaram o Estado por terem sido enviados para a "reserva laboral" e que acabaram por recuperar os seus postos de trabalho, apesar de o Estado ter recorrido de todas as decisões.
Diversos responsáveis do Governo, incluindo o ministro das Finanças Yannis Stournaras, prometeram nos últimos dias que não vão ocorrer mais despedimentos no funcionalismo público, onde também foi aplicada uma drástica redução salarial desde o início do primeiro "programa de resgate", em 2010.