Turismo rural cresce e também há mais dormidas nos concelhos do Interior
Investigador assinala uma nova tendência na procura de destinos associados ao património e à natureza, o que pode ser positivo para a sustentabilidade do setor turístico nacional.
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Cerca de um milhão e meio de hóspedes procuraram, em 2024, destinos de turismo rural e de habitação. Este tipo de acomodação turística apresenta a maior subida percentual (6,3%) entre 2023 e 2024, ultrapassando o alojamento local e a própria hotelaria. Esta realidade está em linha com o crescimento destacado dos concelhos de periferia e, para Hélder Silva Lopes, professor e investigador na área do turismo, é reflexo de uma nova tendência. São vários os concelhos do Interior que somam subidas superiores a 30% nas dormidas, como Cabeceiras de Basto, Mortágua, Nelas e Vila de Rei. A Região Norte foi a que mais cresceu no continente.
Ainda nas dormidas, os espaços rurais ultrapassaram a barreira dos três milhões - um aumento homólogo de 5,9% e que coloca este segmento em segundo lugar, logo após o alojamento local (6,2%). Já a hotelaria cresce apenas 3,6%. “A diferença no ritmo de crescimento reflete mudanças nos comportamentos e preferências dos turistas, cada vez mais exigentes e que procuram novas experiências, autênticas e diferenciadoras, ao qual os segmentos turísticos tradicionais não conseguem responder”, contextualiza o especialista da Universidade do Minho ao JN.