A UGT considerou esta terça-feira "totalmente absurda" a redução dos subsídios mensal e social de desemprego, invocando que a medida agrava as condições de vida das pessoas que "vivem momentos cada vez mais difíceis".
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O Governo pretende baixar o valor mínimo do subsídio mensal de desemprego em 10%, dos atuais 419,22 euros para 377,29 euros, segundo uma proposta enviada esta terça-feira aos parceiros sociais pelo Ministério da Solidariedade, o que reduziria a prestação a cerca de 150 mil pessoas.
A proposta, citada pela agência Lusa, prevê também uma redução de 10% no valor do subsídio social de desemprego, para os 377,29 euros (90% do Indexante de Apoios Sociais) para beneficiários com agregado familiar e para os 301,83 euros (72% do IAS) para beneficiários isolados.
"Estamos totalmente contra esta medida (...). Reduzir o subsídio de desemprego mais do que ele é hoje é totalmente absurdo", comentou à Lusa o secretário-geral da UGT, João Proença, lembrando que "as pessoas vivem momentos cada vez mais difíceis" e que "o subsídio de desemprego é relativamente baixo em Portugal e está a aumentar a duração do desemprego".
Muitas vezes, reforçou João Proença, "esgota-se o subsídio de desemprego sem as pessoas encontrarem uma alternativa".