O secretário-geral da UGT, João Proença, garantiu, esta quinta-feira, à Lusa que, "evidentemente", não vai participar na greve geral anunciada pela CGTP, para 22 de Março, por se tratar de "uma greve de protesto, sem objectivos definidos".
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Em declarações à Lusa, João Proença considerou que esta é "uma 'pseudo' greve geral, na medida em que é uma greve de protesto, sem objetivos definidos".
Trata-se, pois, "de uma estratégia muito bem pensada [por parte da atual direcção da CGTP] de avançar para a luta pela luta, para o confronto pelo confronto", disse o dirigente sindical.
"A UGT considera que há um acordo", recentemente assinado entre o Governo, as confederações patronais e a central sindical, pelo que se trata de "uma greve sem sentido".
Referiu ainda que "com o acordo [de concertação social] deu-se um passo importante e agora há que aprofundar esse caminho e não, entrar no conflito pelo conflito".
João Proença lembrou ainda que a última greve geral, que juntou as duas centrais sindicais a 24 de novembro, tinha "um objectivo claro de reforço do diálogo, o que foi alcançado", conforme o demonstra o acordo assinado a 18 de Janeiro.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, anunciou esta tarde, em conferência de imprensa, a realização de uma greve geral a 22 de Março contra o agravamento da legislação laboral e das medidas de austeridade.