
O presidente do BPI, Fernando Ulrich, considerou, esta terça-feira, no Parlamento, que se o imposto extraordinário cobrado à banca fosse estendido a outros setores haveria outros impostos que poderiam ser reduzidos, com ganhos para a economia portuguesa.
Na Comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, onde está a ser ouvido a propósito dos 1.500 milhões de euros que o Estado emprestou ao banco para se recapitalizar, Ulrich voltou a um tema que tem merecido a atenção dos banqueiros, o da contribuição extraordinária cobrada aos bancos a operar em Portugal, independentemente dos lucros ou prejuízos que estes tenham.
"Sou dos que entendo que em situações excecionais temos de mobilizar todos os esforços. A existência deste imposto não me choca no quadro em que vivemos, mas ser só sobre bancos é que me choca", disse o presidente do BPI perante os deputados.
Ulrich considerou mesmo que "se este tipo de imposto tivesse sido estendido a mais empresas e setores que os possam suportar, se calhar outros impostos que penalizam a economia portuguesa não tinham sido tão duros".
Depois de em 2011 o BPI ter pago 15,3 milhões de euros de contribuição extraordinária sobre o setor bancário, em 2012 o valor foi de 13,9 milhões de euros.
