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Câmara e turismo completam trio dos maiores empregadores do concelho do Alto Minho.
A fileira do vinho Alvarinho está a crescer no concelho de Melgaço e a contribuir para amenizar o desemprego, que já de si apresentou sempre índices muito baixos. Com cerca de 9200 habitantes (Censos 2011), o centro de emprego local tem apenas registados 208 desempregados e, segundo o presidente da Câmara, Manoel Batista, tudo indica que a tendência seja para que o número se esbata. Além do tecido empresarial ligado à produção vinícola, as microempresas da área do turismo e lazer, alguma indústria pesada e, em maior escala, a Câmara Municipal são os grandes empregadores do concelho de Melgaço, atualmente o segundo do Norte com menos inscritos nos centros de emprego.
"Os baixos índices de desemprego do nosso concelho devem-se ao surgimento de pequenas empresas, que vão absorvendo pessoas desempregadas e, por outro lado, a algumas empresas industriais que neste momento estão a crescer", declarou o autarca, evidenciando, por outro lado, que "a fileira do vinho tem absorvido cada vez mais pessoas". "As empresas mais consagradas estão a expandir-se, porque estão a ter mais mercado e vão absorvendo um número considerável de desempregados. Conseguiram absorver, por exemplo, muita gente que perdeu o emprego na construção", declarou.
A realidade de Melgaço é ainda explicada pela grande capacidade empregadora dos serviços municipais, apesar de alguns cortes efetuados nos últimos anos. A Câmara tem 270 trabalhadores e um gasto anual de 4,5 milhões de euros com pessoal. "Desde 2010 houve uma redução de dois por cento fruto das imposições da Lei das Finanças Locais e orçamentos. Foram acontecendo algumas reformas e ficamos com menos cerca de 40 trabalhadores, mas sem dúvida que a Autarquia é o maior empregador do município", disse o autarca.
Entretanto, a grande indústria - que até 2010 simplesmente passava ao lado deste município do interior do Alto Minho - está hoje a florescer, embora lentamente. Uma unidade fabril da área dos componentes para automóveis e maquinaria agrícola está, nesta altura, a expandir a instalações, para aumentar a capacidade produtiva e vai criar 15 novos postos de trabalho. Há ainda instaladas no polo industrial do município unidades fabris da área da construção naval, de componentes em cimento para a construção civil, produção de pelletes e duas ligadas aos vinhos.
"Quanto a mim, os dois setores mais fortes deste concelho, que no fundo se complementam, são o vinho e o turismo, com todas as suas componentes - alojamento, restauração e turismo de natureza, que está a crescer muito. E ainda temos o turismo de saúde com um enorme potencial de crescimentos para os próximos anos", concluiu.
