Regiões do Porto e Douro, Vinhos Verdes, Trás-os-Montes e Távora-Varosa querem ser uma referência mundial.
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O Turismo do Porto e Norte de Portugal assina esta quinta-feira um protocolo com quatro regiões vitivinícolas para a criação da Rota dos Vinhos e do Enoturismo, projeto que junta o melhor de cada destino para se tornar uma referência mundial. Para isso, os aderentes terão de cumprir um regulamento único e critérios de qualidade.
"Trata-se de uma rota com produtos muito diferenciados, mas que se complementam. Temos os vinhos verdes, do Porto e Douro, os vinhos de altitude de Trás-os-Montes e os espumantes de Távora-Varosa", resume José Pereira, da Comissão Vitivinícola Regional Távora-Varosa, que tem agora como aliados o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e a Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes.
Ao todo, o Norte conta com mais de 400 quintas com potencial para desenvolver a atividade turística. "Muitas delas passaram por um processo de adaptação ao enoturismo e são hoje espaços reconhecidos a nível mundial, com excelentes infraestruturas, tendo muitas delas sido, meritoriamente, galardoadas com prémios de relevo", sublinha o presidente do Turismo do Porto e Norte, Luís Pedro Martins, convencido de que esta grande rota permitirá colocar o vinho e o enoturismo da região nas bocas do mundo.
"Não faz sentido termos rotas tão individualizadas, quando estamos a poucos minutos da passagem de uma região para outra. Num país tão pequeno, queremos criar mais sinergias e apelar à vinda de mais turistas", defende Gilberto Igrejas, presidente do IVDP, que registou há dois anos uma rota dos vinhos do Douro e Porto, que congrega 23 concelhos. A região Távora-Varosa conta com um itinerário por nove municípios, enquanto a rota dos Vinhos Verdes atravessa 49. Trás-os-Montes está, agora, a desenhar um primeiro roteiro oficial pelos 22 concelhos da região vitivinícola que encaixe neste projeto.
Para fazerem parte da Rota dos Vinhos e Enoturismo do Porto e Norte de Portugal, os produtores, empresários de hotelaria, restauração ou animadores turísticos devem respeitar critérios comuns. Além de refeição com vinhos locais, devem apostar na promoção e comercialização e será dada preferência a alojamentos cuja temática seja a cultura do vinho.
Critérios
Restaurantes
Restaurantes, bares ou cafés aderentes têm de ter uma carta de vinhos certificados da região onde se inserem, no mínimo de oito referências de quatro produtores diferentes. Menus devem ter tradução num idioma estrangeiro e em braille.
Visitas
Dar a conhecer o processo de vinificação, envelhecimento e produto final e visitas a espaços temáticos tem de fazer parte da experiência turística.