
Pedro Ferraz da Costa
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O presidente do Fórum para a Competitividade afirma que a performance da economia nacional é "fraquinha" face à conjuntura externa e que as empresas têm dificuldade em contratar porque "as pessoas não querem trabalhar".
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Em entrevista ao "Jornal I", Pedro Ferraz da Costa criticou o crescimento da economia portuguesa, que poderia estar acima dos 4%, na sua opinião, apesar de ter registado, em 2017, o valor mais alto desde o ano 2000, 2,7%.
"Portugal nunca teve o crescimento económico como o seu principal objetivo. Ter um crescimento mais elevado é a única forma séria de criar possibilidades de promoção e de crescimento profissional para os mais jovens. Uma economia que não cresce não cria lugares de chefia e não dá hipóteses aos mais jovens que acabam por ficar à espera que os mais velhos morram", explicou, garantindo que as empresas "parecem lares de terceira idade".
O empresário que previu, em 2005, a bancarrota do país diz ainda que as empresas têm dificuldades em recrutar "porque as pessoas não querem trabalhar".
"Há falta de mão-de-obra em muitos setores há bastante tempo. Qualquer empresa que queria contratar pessoas não consegue. E essa dificuldade é sentida tanto na agricultura, como no turismo, indústria ou serviços, é por toda a parte", afirma ao jornal, dando o exemplo da Altran: "queria abrir um centro de engenharia no Porto e tem estado a adiar o projeto porque não encontra o número de pessoas necessárias".
