O ministro português das Finanças é candidato à presidência do Eurogrupo. Imprensa internacional aponta Mário Centeno como o mais forte candidato.
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O Governo português apresentou esta quinta-feira a candidatura do ministro das Finanças, Mário Centeno, à presidência do Eurogrupo, informa uma nota do gabinete do primeiro-ministro, António Costa.
A eleição terá lugar na próxima reunião do Eurogrupo, agendada para segunda-feira, dia 04 de dezembro.
No último dia do prazo para a entrega de candidaturas, vários órgãos de comunicação social internacionais avançam que o ministro português das Finanças ganhou a "corrida" entre os "candidatos a candidatos" dos Socialistas Europeus, a família política com mais possibilidades de garantir (neste caso, manter) o posto até agora ocupado pelo holandês Jeroen Dijsselbloem.
Segundo o "Financial Times", à margem da cimeira UE-África que decorre em Abidjan, a chanceler Angela Merkel e o presidente francês, Emmanuel Macron, reuniram-se, na quarta-feira, com os primeiros-ministros de Portugal, António Costa, e de Itália, Paolo Gentiloni, para decidir quem deveria avançar entre Centeno e o ministro italiano Pier Carlo Padoan, tendo a escolha recaído no ministro português.
A imprensa italiana adiantou que o Governo de Itália irá, efetivamente, apoiar Centeno, isto depois de, no último Eurogrupo, também o ministro espanhol Luis de Guindos ter anunciado o seu apoio ao ministro socialista português caso este avançasse, apesar das diferenças partidárias (o Governo espanhol pertence ao Partido Popular Europeu, PPE).
Quem, no entanto, já decidiu avançar, depois de já ter assumido publicamente "interesse" no cargo, foi a ministra letã Reizniece-Ozola, de 36 anos, que pertence à família política dos Verdes (embora fazendo parte de um Governo que integra o PPE), segundo várias fontes governamentais da Letónia.
Permanece também a incógnita em torno do ministro eslovaco Peter Kazimir, que há muito admite interesse em ocupar a presidência do fórum de ministros das Finanças da zona euro, mas que reunirá poucos apoios dentro da família socialista, à qual pertence.
O ministro luxemburguês Pierre Gramegna, que pertence à família políticas dos Liberais, também poderá avançar, tendo contra si o facto de a presidência da Comissão Europeia já ser ocupada por um seu compatriota, Jean-Claude Juncker.