Mais de 80 lojas prometeram grandes reduções de preço que não praticavam ou anunciaram "Grandes Oportunidades" e "Ofertas Imperdíveis" para produtos vendidos a preços normais. Tudo para enganar os clientes, durante a última edição das campanhas "Black Friday" e "Cyber Monday".
Uma fiscalização da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que decorreu na última semana e meia e terminou na segunda-feira, encontrou estas irregularidades, sobretudo nos setores da venda de vestuário e de comércio de artigos elétricos, eletrónicos e de informática. E também sinalizou mais promoções ilegais nas lojas virtuais.
A operação da ASAE teve âmbito nacional, fiscalizou 1453 operadores económicos e terminou com a instauração de 81 processos de contraordenação. "Registou-se uma taxa geral de incumprimento na ordem dos 6%. É um valor satisfatório e que desceu ligeiramente este ano", salienta o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar. Ao JN, o mesmo responsável revela, no entanto, que o número de irregularidades detetado nas lojas que comercializam produtos pela Internet é mais elevado. "O rácio é de 12%. O comércio online traz uma rotura com dois conceitos, tempo e espaço, o que torna mais difícil a fiscalização. É ainda um desafio para o consumidor, que deixa de ter um local para reclamar. Vamos intensificar a fiscalização", refere.