Só mais de duas horas após o fecho das urnas é que Marco Martins descomprimiu. E, cereja no topo do bolo, garantiu para o PS a freguesia urbana de S. Cosme, agora agregada a Valbom e Jovim. "Está confirmado. Ganhamos também em S. Cosme. É um resultado histórico para o PS e para Gondomar.
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Duas décadas depois o concelho volta a ser governado por gente da terra. A responsabilidade é grande, mas vamos provar que se pode trabalhar de forma diferente", referiu o novo presidente da Câmara de Gondomar, eleito com 46,41% dos votos.
Na sede da campanha, bem no centro da emblemática freguesia de S. Cosme, a calma da noite eleitoral só foi quebrada por breves aparições de Marco Martins e pelos fortes aplausos ouvidos quando se soube da vitórias dos candidatos socialistas nas câmaras de Valongo e Gaia.
"Já estávamos saturados da governação do major [Valentim Loureiro] e, por outro lado, isto é um claro cartão vermelho ao Governo. Esperava esta vitória - talvez não tão estrondosa -, pois o Marco é um homem da terra", referiu José Santos, apoiante do candidato socialista.
No meio da pequena multidão que aguardava os resultados sobressaiu o humorista Fernando Rocha. "Sou amigo e admirador do Marco Martins há muitos anos. Foi um dos melhores presidentes da junta de Rio Tinto. Sempre muito humano e atento às necessidades das pessoas. Não ligo à política, mas aprecio quem dá valor às pessoas. E o Marco é desses. Estava a gravar um programa de televisão e, mal acabou, vim a correr para o felicitar", afirmou Fernando Rocha.
O novo presidente falou primeiro para os jornalistas realçando que "Gondomar é, agora, um concelho completamente de Esquerda [a CDU ganhou a freguesia de S. Pedro da Cova/Fânzeres]".
A prioridade de Marco Martins vai para a mudança de imagem do concelho. "Queremos tornar Gondomar mais atrativo para captar investimento", referiu. De seguida, e em arruada, dirigiu-se até à ao edifício da câmara municipal, para o início de uma noite de festa.
Nova freguesia
A seu lado estava António Braz, o primeiro presidente socialista da junta de S. Cosme/Valbom e Jovim, que, por via da agregação tem perto de 48 mil habitantes. E o novo autarca não hesitou quando questionado sobre as prioridades. "Nos próximos dois anos vamos apoiar as pessoas que estão a passar dificuldades. Em conjunto com as instituições do concelho iremos colmatar as carências sociais de muita gente", sublinhou António Braz.
Mesmo em tempo de festa, o autarca recordou que se iria continuar a bater por uma linha de Metro que ligue Campanhã a S. Cosme e Valbom. "A freguesia está muito mal servida de transportes", justificou.