Pela primeira vez, a direita conquistou a Câmara da Guarda. E o mérito vai todo para Álvaro Amaro, que nos últimos 12 anos governou a Câmara de Gouveia e, coligado com o CDS/PP, arrecadou uma vitória histórica na capital do distrito.
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Ao longo da campanha, o antigo secretário de Estado da Agricultura nos governos de Cavaco Silva repetiu que a Guarda haveria de perder o medo e derrotar 37 anos de poder autárquico e, ontem à noite, na sede de candidatura, pejada de apoiantes, rematou o discurso de forma idêntica. "A Guarda perdeu o medo e deu à coligação a responsabilidade de tirar o concelho do imobilismo", sublinhou o novo presidente da Câmara egitaniense.
"A Guarda vai exigir de volta o contributo que deu para o desenvolvimento do país", afiançou o presidente eleito, acrescentando que pretende protagonizar um lóbi de defesa de toda a população em Lisboa.
Já na sede do PS, o desalento tomou conta da equipa que acompanhou o socialista José Igreja. "Assumo pessoalmente esta derrota", disse o conhecido advogado da cidade, já depois das 22 horas.
Na Junta de Freguesia da Guarda, onde a reorganização administrativa permitiu a reunião de quase 22 800 eleitores da cidade, venceu o deputado social-democrata na Assembleia da República João Prata.
O cabeça de lista da coligação PSD/CDS liderou nos últimos anos a extinta Junta de Freguesia de S. Miguel, sobreviveu ao risco de ser afastado por causa da lei de limitação de mandatos e acabou por ganhar a segunda maior autarquia do concelho da Guarda com uma larga vantagem sobre a candidatura do partido socialista, encabeçada pelo antigo deputado socialista na AR, Fernando Cabral.