A aldeia das Fontes, em Leiria, acolhe de 2 a 6 de julho um festival que combina música de várias latitudes, passeios e oficinas criativas com práticas de cuidado ambiental. Tem entrada gratuita e o objetivo de promover a pluralidade cultural
Corpo do artigo
O festival Nascentes teve origem em 2021, lançado como um projeto de colaboração artística com a duração de cinco semanas. O sucesso da primeira experiência motivou a transformação num evento anual a partir de 2022. Situado na aldeia das Fontes, município de Leiria, junto à nascente do rio Lis, numa área rural caracterizada por hortas e trilhos, o Nascentes tem uma programação que integra ações sustentáveis, desde a escolha dos materiais à gestão de resíduos, além de intervenções artísticas e logísticas planeadas para minimizar o impacto ecológico.
A abertura acontece a 2 de julho, às 19.30 horas, com a atuação de Ligados às Máquinas, uma orquestra composta por músicos em cadeiras de rodas. A partir das 21 horas há espaço para “Discos e petiscos”, um momento de convívio que junta música, dança e gastronomia local. Para finalizar o dia, às 22.30 horas, junto ao Lis, há lugar para as atuações Carincur & João Pedro Fonseca e o Coro das Fontes.
A 3 de julho, pelas 19.30 horas, no jardim da Céu e do Fernando, está prevista a performance de Los Sara Fontán, formada pela violinista e teclista Sara Fontán e pelo percussionista Edi Pou, numa fusão de estilos, da clássica ao pós‑hardcore e eletrónica. Às 20.30 horas, na casa da Lisete, o palco é da artista guineense Djonsaba Kanuté. O dia encerra na adega do Luís, com a banda dinamarquesa Smag Pa Dig Selv, constituída por um baterista e dois saxofonistas.
João Maneta e Pedro Marques, dois percussionistas, abrem o Nascentes no dia 4 de julho às 18 horas. A seguir, pelas 19.30 horas, o grupo Jibóia sobe ao palco. A “Jantarada d’aldeia” inicia-se às 20.30 horas e já tem lotação esgotada. À noite, 22 horas, atua o duo da Tanzânia Zawose Queens, com música tradicional gogo. Pelas 0 horas, o coletivo cabo-verdiano Fidju Kitxora atua perto da nascente do Lis.
Os dias 5 e 6 arrancam com sessões às 8, 9 e 10 horas do “Passeio sonoro”, guiado pelo paisagista, documentarista e arquivista sonoro Luís Antero. Logo depois do “Discos e petiscos”, às 14.30 horas, os caminhos vão dar à Estrada das Camarinhas, onde decorrerão diversas atividades criativas: os “Jogos do Helder”, “Em mudança”, “Atenção, obra a decorrer!”, “Em movimento” e “Moinhos de vento”.
Apenas no dia 5, às 16 horas, a horta da D. Maria dos Anjos receberá o duo de folk experimental Ölivias. Pelas 17 horas, na Eira das Camarinhas, entra em palco o projeto a solo Landrose, de David Temprano. Por volta das 18 horas, o Palco Rio pertence a Freakin Disco. O resto do programa do dia acontece na nascente do Lis, com espetáculos programados para as 19.30, 22.30 e 23.30 horas, com Candeleros, Jorge Rosa e Kambanda e Henge, respetivamente.
Às 13 horas de 6 de julho acolhem-se maIs “Discos e petiscos”, desta vez em formato piquenique. Depois do almoço há espaço para as oficinas artísticas “À mesa com a natureza” e “Seres imaginados a azul”. O festival Nascentes encerra com a atuação de Mindelo, de novo perto da nascente de Lis.
Ao longo do festival, é também possível notar a aldeia transformada numa galeria a céu aberto, com desenhos, palavras e mensagens visuais, graças ao ilustrador Another Angelo.
O Nascentes é promovido pela CCER MAIS, Centro de Relações Laborais e Omnichord, em parceria com habitantes da região e a Associação Cultural e Recreativa Nascentes do Lis, contando com o apoio do Ministério da Cultura, a Direção-Geral das Artes e o Município de Leiria.