O calor humano e a autenticidade são características da região e estão a envolver os participantes internacionais da aventura que termina no próximo domingo, em Lamego. A hospitalidade e o património natural são as primeiras notas reconhecidas por quem tem vivido a experiência.
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"A região do Douro é maravilhosa!" Este encanto com sotaque do Brasil é de Fábio Costa, natural de Belo Horizonte e em Portugal pela primeira vez. O atleta rendeu-se ao ao Douro e às suas gentes mal entrou no território para começar a preparar a participação na fase portuguesa do Campeonato do Mundo de provas de aventura. As operações iniciais de logística decorreram em Vila Real e o acolhimento da comunidade local ganhou lugar de destaque no coração do brasileiro. "Estou encantado com à cidade. São muito interessantes as pessoas e este lugar. Estou com grandes expectativas para descobrir a beleza natural que vem aí pela frente". Os 500 quilómetros do percurso da NORCHA AR Discover Douro Valley 2025 feitos dia e noite sem parar têm de ser completados até domingo às 23h59, só depois podem finalmente respirar de alívio as 13 equipas que estão a concorrer e que vieram de latitudes tão diferentes como Argentina, Estados Unidos da América, Dinamarca, França ou Espanha. O calor marcou a experiência dos atletas acrescentando dureza ao percurso feito a correr ou a caminhar podendo também ser usada a bicicleta de montanha, o caiaque ou a canoa. Experiências anteriores de trekking ou de provas de orientação representam um boa ajuda para enfrentar os obstáculos naturais do terreno. "Algumas pessoas podem associar esta prova ao triatlo, mas não tem nada a ver", explica José Pires, um dos membros da equipa técnica da organização.
Terminada o segundo dia de competição, esta sexta-feira, estarão percorridos cerca de 300 quilómetros de um total de 500 que fazem o NORCHA® AR Discover Douro Valley 2025
Trilhar caminho à moda antiga
"Neste caso os desportistas apenas têm uma bússola na mão para se orientar, não podem usar qualquer aparelho eletrónico. Não há percursos marcados, damos-lhe pontos obrigatórios de passagem no terreno e eles com o mapa e a bússola têm de os descobrir". Está interdita qualquer tecnologia eletrónica de navegação. "Não é permitida e a equipa que a utilizar será penalizada", assinala José Pires. O caminho trilhado é decidido em função das opções de cada conjunto após analisados mapas e verificadas as condições do terreno. Antever desafios e trabalhar em equipa para definir as melhores estratégias de gestão de esforço e cooperação entre os elementos é uma das componentes necessárias para obter mais vantagens na competição. "O principal foco não é ganhar, mas viver uma experiência exclusiva, íntima e transformadora", garante Pedro Pinto, diretor geral do evento.
Acompanhamento em tempo real
Esta prova é apenas um capítulo de uma competição maior, o circuito mundial de corridas de aventura, cuja final a organização deseja trazer para Portugal num futuro próximo. Qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, pode acompanhar a corrida em tempo real usando um link GPS Live-Tracking disponibilizado na página oficial do NORCHA® AR Discover Douro Valley 2025. Os concorrentes não podem ter a ajuda de um gps, mas transportam um pequeno equipamento detetado pelos sistemas da organização e que é também um precioso auxílio para, em caso de emergência, a equipa técnica e de apoio localizar e socorrer os atletas.