
Quinta de Silvares
Foto: Artur Machado
Por esta altura colhem-se espargos na Quinta de Silvares, em Vizela, e outros hortícolas que compõem os cabazes que Paulo Peixoto distribui pelas redondezas. A pedido também recebe visitas, e partilha os princípios da agricultura biológica.
Para Paulo Peixoto e Susana Gouveia a agricultura começou como um hobby, para exercitar o corpo e espairecer a mente. “Começamos numa horta comunitária no Solar Condes de Resende”, recorda Paulo. Depois passaram para os terrenos de uma amiga junto à praia da Madalena. “Aos fins de semana, e no verão aos finais de tarde era prática irmos tratar da terra”, conta. Em 2014, a insatisfação profissional levou o casal a deixar o setor financeiro e a mudar de vida, acabando por criar um projecto de agricultura biológica em Vizela, na Quinta de Silvares.
A primeira cultura a ir para a terra foram os espargos, que hoje ocupam quase um hectare. “Eu adoro espargos e achávamos que não era um produto muito usual, mas tínhamos condições para os produzir”, justifica Paulo. Andam, por estes dias, debruçados sobre a terra, a apanhar as garras que se erguem por entre a vegetação. “É uma planta perene, só produz durante três meses, e depois temos que deixar o ciclo acontecer, para que hiberne e volte a despontar no ano seguinte”, explica o agricultor.
Enquanto esperam pela nova campanha, dedicam-se à produção de outros hortícolas, em estufa e ao ar livre, e às maçãs - das variedades regionais malápio, porta da loja e querina -, que hão-de vir para o verão. Na estufa, convivem tomateiros e beterrabas, cebolas e alfaces, e até uma trepadeira de capuchinhas, que recheiam os cabazes da Quinta de Silvares, distribuídos todas as semanas no Grande Porto e nos arrabaldes de Guimarães. Nas manhãs de sexta e sábado, Paulo leva também as colheitas do dia para o mercado da cidade-berço.
Nos cinco hectares da propriedade cabe ainda uma zona florestal e alguns terrenos ribeirinhos. “Tem áreas muito giras para estar e para apreciar, e na agricultura biológica faz sentido ter esta envolvência e biodiversidade de ecossistemas”, realça Paulo. Divulgar a importância da conservação da natureza também é uma vertente do projeto. “A parte pedagógica sempre esteve presente desde o início, recebemos turmas em visitas de estudo com bastante frequência”. E por marcação recebem também grupos para visitas e atividades personalizadas, desde oficinas de poda e enxertia a lanches com produtos da quinta.
Quinta de Silvares
Rua de Paço de Cima, 187, Santo Adrião, Vizela
Tel.: 933786771
Web: instagram.com/quintadesilvares
Visitas por marcação
