A advogada de Amber Heard admite recorrer da sentença e diz que a vitória de Johnny Depp é uma "mensagem horrível" para mulheres vítimas de violência e abusos.
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A atriz Amber Heard não tem capacidade financeira para pagar a Johnny Depp a indemnização de 14 milhões de euros a que foi condenada na quarta-feira, depois de o júri de um tribunal norte-americano ter tomado o partido da estrela de "Piratas das Caraíbas" no polémico julgamento por difamação, movido pelo ex-marido.
A garantia foi dada pela advogada da atriz de "Aquaman", em declarações ao programa "Today", do canal de televisão NBC. "Não, absolutamente não", respondeu categoricamente Elaine Bredehoft, quando questionada sobre se Heard será capaz de pagar a indemnização.
A representante admitiu ainda que a ex-mulher de Johnny Depp quer recorrer da sentença e apontou o dedo à equipa jurídica do ator e músico, que acusou de "demonizar" Heard e de reprimir provas cruciais no julgamento, impedindo o júri de examinar as provas dos supostos abusos cometidos por Depp.
"Foram permitidas várias coisas neste tribunal que não deveriam ter sido permitidas e isso causou confusão entre o júri", apontou Bredehoft, considerando que a decisão de ontem é uma "mensagem horrível" para o movimento "#MeToo" e para outras mulheres, na medida em que irá desencorajá-las a denunciarem casos de violência, assédio e abuso sexual. "Se não agarrarem no telemóvel e gravarem o vosso cônjuge ou outra pessoa a bater-vos, ninguém acreditará em vocês", acrescentou.
A longa batalha entre os dois atores terminou na quarta-feira, depois de o júri de sete pessoas ter considerado que o ex-casal se difamou mutuamente, mas que Johnny Depp sofreu as repercussões do artigo escrito por Heard no jornal Washington Post, no qual se descrevia como "uma figura pública que representa a violência doméstica".
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