Longe vão os tempos em que vendedores de banha da cobra batiam de porta em porta enganando os mais incautos. Agora é mais comum usar as redes sociais para a promoção de alegados produtos de emagrecimento e também financeiros, usando ilegalmente a imagem de figuras públicas.
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Uma das últimas vítimas do fenómeno foi a apresentadora Fátima Lopes, usada numa falsa entrevista em que supostamente dizia ter sofrido com um fungo nas unhas até descobrir a solução. A apresentadora não tardou a reagir: "Estão a usar abusivamente o meu nome e a minha imagem para a venda deste produto. Atenção, é fraude! Eu não estou ligada a nenhum destes produtos".
Pouco antes, em finais de junho, também a atriz Cláudia Vieira viu-se envolvida numa "publicidade enganosa a um produto de emagrecimento". "Inventam entrevistas e citações que nunca dei, tudo isto para promover a venda de um produto extremamente suspeito", denunciou.
Catarina Furtado viu a sua imagem indevidamente associada a cremes de beleza. "Não comprem! É tudo mentira! Não se deixem enganar", avisou, o ano passado, a apresentadora, apontando o dedo a "desconhecidos mal-intencionados, verdadeiros criminosos".
Já José Carlos Malato foi associado a uma plataforma de criptomoedas que "pode transformar qualquer um em milionário". Só que não era verdade, como o próprio rapidamente esclareceu, pedindo para o público denunciar aquele tipo de publicações. As redes sociais escondem algumas ilicitudes e são várias as queixas que chegam à DECO. Nem sempre é fácil atuar, mas a jurista da DECO Tânia Santana aponta alguns cuidados que se devem ter em conta antes de ceder ao impulso do consumo e não cair no "conto do vigário" (ler caixa ao lado), sendo quase certo que a imagem de famosos não certifica qualquer idoneidade.
Recolher mais informação
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Verificar se a loja refere contactos e teste-os, inclusive o endereço físico para usar em caso de conflito. Algumas lojas nas redes sociais podem encerrar com um simples clique, ficando sem o produto encomendado e sem qualquer reembolso.
Desconfie de produtos milagrosos
Se o preço é bom demais e os efeitos são milagrosos, desconfie, mesmo que veja uma imagem de um famoso associado à promoção. O mais provável é que tudo não passe de uma fraude.