
Atriz Dalila Carmo
Diana Quintela / Global Imagens
Protagonista de "Na corda bamba" admite que precisa de férias e diz que já não tem "a mesma capacidade de resposta".
Exausta e a precisar de descanso. É assim que se define Dalila Carmo, a "Lúcia" da novela da noite da TVI "Na corda bamba", que agora começou a segunda temporada. Tudo porque os meses de gravações se acumulam e o corpo já não responde da mesma maneira.
"Sabia que esta novela me ia sair do pelo, mas começa a ser particularmente doloroso ao fim do quarto ou quinto mês", confessa, em entrevista ao JN, à margem das mais recentes gravações do enredo escrito por Rui Vilhena.
"As dores no corpo são reais e há noites mal dormidas. O cérebro começa a ficar débil e a não ter as mesmas defesas nem a mesma capacidade de resposta. Realmente é muito difícil gravar entre 100 e 200 páginas semanalmente", queixa-se.
Perfecionista assumida
"Não vou negar: ser protagonista de novela é provavelmente a tarefa mais difícil e, às vezes, inglória que um ator pode ter, porque o grau de insatisfação ao final do dia não é baixo. Sou perfecionista e gosto que as cenas fiquem bem e é difícil a esta velocidade correspondermos da forma como gostaríamos. Gosto de pintar a cena com o maior número de tonalidades e começo a ficar um bocadinho frustrada e aquém daquilo que eu acho que a cena poderia ter", acrescenta Dalila Carmo.
O drama aumenta porque a "Lúcia" da trama mal consegue descansar à noite. "Dormir será sempre um problema. É importante haver acompanhamento dessas insónias e eu tenho-a". E as refeições?: "Alimento-me pior e tenho comida congelada no frigorífico há muitas semanas", confessa.
Entorse não ajuda
A entorse sofrida há algumas semanas não ajudou à performance de Dalila Carmo na novela. "Gravei 32 cenas a seguir à entorse num pé. Ainda não consigo usar saltos altos e durante duas semanas gravei sentada num banco a simular que estava de pé", conta.
Segue-se um período de férias. "Esta é a melhor novela que já fiz, acho fascinante o delírio em que a Lúcia vive, mas depois disto vou-me embora. Quero parar e fazer um grande reset, ainda não sei se é um ano sabático".
O destino ainda não está definido. "Cheguei a pensar na Tasmânia, como a personagem [risos], depois equacionei o Médio Oriente, mas com a questão do Irão comecei a repensá-la. Em 2020 pode haver teatro mas, neste momento, estou a pôr tudo em cima da balança", conclui.
Atriz sofreu uma entorse, o que não a deixa andar de saltos altos
