Há 20 anos o Mundo amanheceu com a notícia da morte da princesa Diana. O carro em que seguia despistou-se contra um dos pilares do túnel da Pont de l"Alma, em Paris.
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No acidente, morreram também o milionário Dodi Al-Fayed e o motorista Henri Paul. O segurança Trevor Rees-Jones foi o único sobrevivente. Estes foram os factos. A partir daqui, reinaram 20 anos de especulações, memórias escabrosas, segredos desvelados, conspirações, fábulas, livros e documentários com revelações pouco dignas de princesas.
A história de Diana continuou a ser vendável, mesmo depois da sua morte. Três milhões de pessoas compareceram no funeral em Westminster Abbey, a 6 de setembro de 1997, 200 países transmitiram o evento em 44 línguas para dois mil milhões e meio de espectadores. Como chegámos aqui?
Era uma vez uma aristocrata de cabelos doirados que tinha duas irmãs e um irmão. O pai, visconde de Spencer, e a mãe separam-se quando tinha sete anos. Depois da disputa pelo poder paternal, a tímida menina foi estudar para a Suíça.
De regresso a Inglaterra, foi viver para Londres. Contrariando o expectável, trabalhou como professora de ballet e como educadora de infância. Em 1977, conheceu o príncipe Carlos, então namorado da sua irmã, Lady Sarah. Passados três anos, apaixonaram-se durante um fim de semana no campo. Após um namoro de 12 encontros, casam-se a 29 de julho de 1981, na Catedral de Saint Paul e vivem felizes para todo o sempre: a eternidade que separa o ano de 1981 do de 1992. Passado um ano, nasce o primeiro filho, o príncipe William, e, passados dois anos, o príncipe Harry.
A relação de Diana com as crianças, as suas e os demais, foi um dos motores da empatia que causava. O seu trabalho de caridade com mais de 100 instituições mundiais, com especial destaque para a luta contra a sida e contra o cancro valeram-lhe, em 1994, o prémio de filantropa do ano. As suas aparições com Madre Teresa de Calcutá ou num campo de minas alertaram para graves problemas. Enquanto a sua veia humanitária engrandecia, a sua vida pessoal esmorecia, culminando com o divórcio em 1995, depois de alegadas infidelidades de parte a parte.
A partir daqui foi uma montanha russa de acusações, sendo por norma os vilões: a rainha; o príncipe Carlos e Camilla Parker-Bowles. Em 1997, houve uma paragem repentina. Como cantou Elton John a chama da rosa inglesa apagou-se muito antes da sua lenda.