A duquesa de Alba vem a Portugal, em Fevereiro, para a apresentação da sua autobiografia, "Eu, Cayetana", na qual se afirma "uma mulher avançada para a sua época".
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A duquesa de Alba, Cayetana Stuart y Silva, estará na apresentação que decorrerá, no dia 8 de Fevereiro, no Hotel Estoril Palácio, disse fonte editorial à Agência Lusa.
Sobre si, a duquesa escreve que foi "uma mulher que lutou, que viveu intensamente e que espera ser recordada pelas suas obras, pelo esforço de manter e aumentar o património da Casa de Alba, uma casa que faz parte da história" de Espanha.
Outra mulher avançada para sua época, como refere, e por quem tem "tanta admiração" é a 13.ª duquesa de Alba, Teresa Cayetana (1762-1802) que Francisco de Goya retratou.
A actual duquesa considera que Teresa Cayetana "foi incompreendida e vilipendiada pela história". "E nego desde já que tenha sido amante de Goya, uma das mentiras que contam sobre ela", escreve Cayetana de Alba.
Cayetana Stuart y Silva é filha única, tendo herdado todos os respectivos títulos nobliárquicos. "Tem-se escrito com frequência que não há nobre nenhum no mundo que tenha mais títulos. Talvez, é possível que assim seja", escreve a duquesa que esclarece que os títulos não lhe "interessam grandemente" mas reconhece a forte ligação histórica da sua linhagem à História de Espanha e também de Inglaterra. "Há seis séculos que sempre assim foi: os Alba apoiam a monarquia", escreve Cayetana Stuart y Silva, que afasta qualquer desapontamento do pai, Jacobo Fitz-James Stuart Falcó Portocarrero y Osório, de ter tido uma herdeira e não uma varão.
"Chamo-me Cayetana, Cayetana de Alba", assim começa a autobiografia que é um desfiar de memórias desde o seu nascimento, a 28 de Março de 1926, até às vésperas do seu terceiro casamento, em Outubro passado, com Alfonso Díez Carabantes.
Afirma gostar de viagens, de cães e cavalos como todos os Albas, de pássaros e especialmente das suas duas catatuas que a acompanham entre os palácios de Liria e o de Dueñas, em Sevilha.
Gosta de arte, do toureio, do flamenco que a ajudou a ultrapassar muitas contrariedades, como escreve, e atesta a sua grande paixão por Sevilha onde quer que fiquem as suas cinzas, quando morrer, "aos pés do Cristo dos Ciganos" e com o seguinte epitáfio: "Aqui jaz Cayetana, que viveu como sentiu".