Com contrato de exclusividade com a SIC, humorista espera novas oportunidades na ficção, após estreia em "Amor, amor". Até lá, continua na apresentação de "Domingão", antes de estrear "2 Duros de roer" nos cinemas.
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Fernando Rocha descreve-se como "o gajo irrequieto que não fica à espera que o chame" e, por isso, arranja o próprio trabalho, organizando espetáculos e projetos que o realizem antes de surgirem convites. Às vezes acontece tudo ao mesmo tempo, "mas eu gosto desta pressão". Atualmente, faz parte do "Domingão" da SIC e mantém a produção do programa "Pi100Pé" para o YouTube, a par das "idas ao estrangeiro - a próxima é ao Luxemburgo" e da comédia policial "2 Duros de roer" que vai estrear nos cinemas em junho, com o João Seabra".
O artista ainda pode ser visto na novela "Amor, amor", também na SIC, que marcou o seu debute na representação. "Estreei-me com 46 anos, mas tenho uma carreira de 20 como humorista e só tenho a certeza que quero fazer isto até morrer." As gravações terminaram "mas ficou o bichinho" e a vontade fazer mais, até porque tem um contrato de exclusividade de três anos com a estação de Paço de Arcos que fez Rocha recusar o convite da TVI "para ser o Bino em "Festa é festa". Mas não quero falar mais sobre isso".
Em janeiro, Fernando Rocha assumiu, por uma noite, a condução do "Levanta-te e ri", mas lembra que "o apresentador chama-se Marco Horácio" e o seu papel será ocasional: "O Marco está na TVI mas, se regressar à SIC, é com todo o prazer que lhe devolverei o lugar. Eu prefiro muito mais ser o último a entrar".
Se bem que Fernando tenha estado sempre ocupado, ele não esconde que a pandemia "prejudicou e fechou portas". "Estivemos dois anos sem poder subir ao palco. A televisão deu oportunidade a uma meia dúzia, mas existem milhares de humoristas em Portugal. Aliás, "Festa é festa" tem dado trabalho a muitos, mas o Marco Horácio está na TVI e não está na novela. O mercado das novelas em Portugal não chega sequer para todos os atores."
Está quase a fazer dois anos que Fernando Rocha foi uma das primeiras personalidades públicas portuguesas a testar positivo à covid-19. A recuperação foi longa e, "ainda hoje, o meu olfato não é o que era; perdi um bocadinho".
Pai de Catarina, de 17 anos, e Diogo, de 22, assume-se "orgulhoso" por os ver crescer e também pelo sucesso da filha nas redes sociais. A jovem tem mais de 57 mil seguidores no Instagram e, "desde que não se perca na escola", Fernando Rocha aprova a exposição. "Ela tem ar de Kardashian", enquanto o filho "é mais low profile", como a mãe, descreve o humorista, garantindo que "eles sabem como se proteger" do mediatismo.
