No dia 4 de abril, a girlsband Nonstop completa 20 anos. Foi há duas décadas que a vida das protagonistas Liliana, Andrea, Rita e Katia "mudou para sempre". "Éramos adolescentes a concorrer a um concurso de talentos [o "Popstars", na SIC], sem saber ao que íamos. A partir daí, não conseguimos continuar a viver sem música", recorda Andrea Soares, hoje com 39 anos.
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Originalmente, eram cinco raparigas, mas Fátima acabou por abandonar a aventura logo no início. Andrea reconhece que "foi um processo muito duro" até chegarem às Nonstop. Na prática, o grupo durou até 2006, mas as artistas nunca mais se separaram. Em 2014, Andrea e Liliana Almeida, de 37 anos, voltaram a unir-se num novo projeto, "Kaya", que funde música portuguesa com ritmos africanos.
O tempo passou, mas Rita Reis, 38 anos, sente que "as pessoas ainda se lembram das Nonstop" e que por vezes são as próprias que se esquecem da banda. Isto porque, "de certa forma, crescemos e passamos por muita coisa juntas, somos amigas, e a imagem de girlsband acaba por nos passar ao lado".
As quatro conheceram-se nos castings para o programa e Katia Moreira, 40 anos, lembra os meses em que viveram todas na mesma casa para prepararem o lançamento da banda, tornando-se "como irmãs até hoje".
Para assinalarem o 20.o aniversário, garantem que se vão "divertir imenso", mas também estão a pensar "em algo para presentear o público". "Vamos ver o que nos passa pela cabeça, mas já estamos a planear", acrescenta Liliana. Tudo depende da evolução da situação pandémica, mas a surpresa está prometida, havendo até a possibilidade de voltarem à rua com uma digressão especial enquanto "artistas mais maduras".
Juradas no "All together now"
Andrea e Liliana fazem parte dos 100 jurados do novo programa de Cristina Ferreira na TVI, cabendo-lhes agora a tarefa de escrutinarem novos talentos.
Estar do outro lado "é difícil e, ao mesmo tempo, nostálgico", diz Andrea: "É engraçado ver que temos de avaliar não só a voz, mas o todo, até porque foi assim que nós também fomos avaliadas. E, às vezes, no meu caso, carrego no botão por achar que o concorrente que mexeu comigo tem potencial para evoluir, mesmo que desafine ou tenha algumas lacunas técnicas".
A concentração ao ouvir os concorrentes é tanta que, por vezes, como admitem, esquecem-se de carregar no botão. Do outro lado da barreira, as cantoras percebem assim o quão difícil é o papel de um júri.