É raro João Manzarra falar com jornalistas, mas a estreia do programa "A árvore dos desejos" - que a SIC começa a exibir no sábado a seguir ao "Jornal da Noite -, foi o pretexto para conversar com um dos rostos da estação. E, pela primeira vez, o profissional que se destacou na SIC Radical no programa "Curto Circuito", admite que já teve convites para mudar de canal.
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"Nunca quis sair da SIC. Tive hipóteses, mas sempre senti que sou bem tratado, tenho uma boa vida e gosto da forma de comunicar deste canal", adianta João Manzarra ao JN. "Sempre gostei muito de estar na empresa, fui sempre acarinhado e surgiram oportunidades cá dentro", acrescenta.
Manzarra diz que também anda empolgado com a liderança atual do canal nas audiências. "No primeiro "Ídolos" houve grandes números, mas depois a televisão tornou-se mais sensacionalista com programas como a "Casa dos segredos". Era difícil combater esses formatos, mas agora há um cansaço perante programas com sensacionalismo presente. Hoje celebro que as coisas estejam a correr bem na SIC. Ter audiências significa mais público e dinheiro para realizar produtos com maior qualidade", frisa.
Aberta a exceção para abordar outros temas, o apresentador centra-se, então, em "A árvore dos desejos": "Vou até a uma escola e comigo vai uma árvore muito especial. As crianças do primeiro ao quarto ano acabam por pedir um desejo à árvore, que não é para elas, é para alguém que queiram fazer feliz. E vou realizar esses desejos", relata.
João Manzarra, que já terminou as gravações, faz um balanço positivo. "Este programa fala da relação das crianças com os alvos dos desejos e é uma boa amostra de vida, porque há muita alegria, é um programa muito humano".
O apresentador garante que ele próprio será diferente. "Sempre quis ser a versão mais aproximada de mim a conduzir um programa. Como é na rua e tudo é muito real, fui exatamente como sou a lidar com os desafios da vida real", garante, ele que se pudesse ter um desejo "pedia a segunda temporada", sem se preocupar com as audiências do novo formato.
"Um dia dei uma entrevista e disse: "estou-me a marimbar para as audiências". O meu patrão ficou chateado comigo, aquilo não caiu bem! Não é por ter mais ou menos audiências que não faço o mesmo esforço. Mas prefiro ter um programa que goste de apresentar a outro que tenha audiências mas que não me dê tanto prazer. Aqui, acho que vai resultar porque as crianças vão fazer com que os outros meninos e até os adultos aprendam alguma coisa", remata.