Chega esta quinta-feira às livrarias britânicas uma obra não oficial da autoria do biógrafo de Boris Johnson e do príncipe Carlos, Tom Bower, sobre a "guerra<br/> entre os duques de Sussex e a família real.
Corpo do artigo
"Revenge: Meghan, Harry e a Guerra entre os Windsor", o novo livro do jornalista britânico Tom Bower só agora chega às mãos do público, para já, apenas nas livrarias do Reino Unido. Mas começou antes a mexer com a família real. Isto porque esmiuça a relação complicada entre Meghan Markle e, consequentemente, o marido, o príncipe Harry, com os os outros membros da Coroa.
Em trechos já divulgados, leem-se episódios, mais ou menos recentes, destacando-se o alegado desabafo da rainha Isabel II perante a ausência de Meghan Markle, o ano passado, no funeral no marido, o príncipe Filipe. Harry viajou sozinho, enquanto a ex-atriz permaneceu nos Estados Unidos, onde o casal vive. "Felizmente a Meghan não vem", terá confidenciado a monarca a pessoas próximas. Assim refere a obra agora editada que, por não ser oficial, não teve direito a comentários do palácio de Buckingham, nem a qualquer reação do porta-voz de Meghan e de Harry.
O livro contempla ainda eventos passados, referindo zangas da duquesa de Sussex com amigos do príncipe, quando ainda namoravam, por causa de piadas machistas e transfóbicas. Num encontro com antigos colegas de escola de Harry, em 2016, no Palácio de Sandringham, Meghan também terá criticado o excesso de álcool, o que provocou conflitos.
A personalidade de Meghan Markle é igualmente visada, com interpretações sobre a sua expectativa na chegada à família real britânica. Segundo a publicação, Harry e a sua equipa convenceram-na de que poderia ter o carisma da princesa Diana, a sogra que nunca conheceu. Dessa forma, rodearam-se de profissionais de Hollywood para que Meghan conquistasse a simpatia do povo, o que acabou por os afastar mais dos membros da realeza. As declarações de Thomas Markle, o pai da duquesa, também fizeram a relação estremecer. Mas há outros capítulos agora a descobrir, de forma oficiosa, sobre o afastamento dos Sussex de todas as obrigações reais.
À margem das páginas da polémica, a intervenção de Harry, anteontem, na Assembleia das Nações Unidas, com a mulher na plateia. No discurso, a propósito do Dia Internacional Nelson Mandela, que se assinala anualmente a 18 de julho, homenageou o Prémio Nobel da Paz de 1993, mas não se livrou de críticas, por representar os britânicos, vistos ainda como invasores pelos sul-africanos.