A poucos dias do aniversário do acidente que vitimou a princesa Diana, o livro da biógrafa Ingrid Seward revela que a rainha suspeitou imediatamente de sabotagem.
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A relação entre Isabel II e a mulher que ela mesmo escolheu para casar com o seu filho, o príncipe Carlos, nunca foi pacífica. "The Queen"s Speech", de Ingrid Seward, que será lançado no Reino Unido a 27 de agosto, vem trazer uma nova luz sobre a visão - e os sentimentos - da monarca e de Diana de Gales.
Segundo a imprensa britânica, o livro, escrito a partir de discursos da rainha de Inglaterra e de entrevistas com pessoas que privaram com Isabel II, revela, por exemplo, que assim que soube do acidente, a monarca terá suspeitado imediatamente de sabotagem. "Alguém deve ter oleado os travões", terá dito a rainha.
O carro em que seguia Diana despistou-se num túnel de Paris a 31 de agosto de 1997. Nesse mesmo dia, e ainda antes de saber que o acidente vitimara mortalmente a ex-nora, Isabel II comentou que o carro teria sido provavelmente alvo de sabotagem.
Diana era "um ser humano excepcional e talentoso", foram as palavras, públicas, da rainha, sobre a princesa. Mas a relação entre as duas sempre foi complexa.
Segundo o livro de Ingrid Seward, a monarca aprovara o casamento de Diana com o filho. "Ela é uma de nós", terá dito Isabel II, que acompanhou o crescimento da princesa e sempre gostou da família e das duas irmãs Spencer. Desconhecia o problema de saúde que acompanhou a princesa durante longos anos - a bulimia.
Ainda de acordo com "The Queen"s Speech", Diana sempre se sentiu nervosa junto da rainha, e terá mesmo tentado esquivar-se a todos os almoços que Isabel II tentou marcar, antes do casamento.
Depois do divórcio de Carlos e Diana, em 1996 (separaram-se em 1992), a monarca terá desabafado a um dos empregados de Buckingham: "Verá que foi pelo melhor".