Na primeira pessoa, Oprah Winfrey falou novamente sobre a sua adolescência conturbada. Num "podcast" do site "The Hollywood Reporter", a apresentadora relatou o episódio de violação que ocorreu durante este período da sua vida e que a marcou psicologicamente.
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Durante mais de uma hora de entrevista, Oprah Winfrey fez uma retrospetiva da sua carreira com mais de 30 anos. Conhecida pelo programa que apresentou com o seu nome, a estrela da televisão norte-americana, de 63 anos, contou o episódio traumático que viveu durante a adolescência.
Criada pela avó até aos seis anos no Mississippi, Oprah foi viver com a mãe em Milwaukee. Nessa cidade, no estado de Wisconsin, a apresentadora foi vítima de vários abusos sexuais por parentes. "Foi uma descida em espiral. Bati no fundo", revelou num "podcast" do site "The Hollywood Reporter".
Decidida em não falar especificamente sobre o violação de que foi vítima aos 14 anos por parte do tio, Oprah preferiu antes destacar a "segunda oportunidade" que agarrou por ter "decidido que iria ultrapassar a situação".
Ainda como adolescente, começou por trabalhar em jornalismo aos 16 anos numa rádio local, enquanto estudava na Tennessee State University. Durante o segundo ano do curso, foi correspondente da CBS, tendo sido contratada pelo mesmo canal de televisão norte-americano quando já lhe tinha sido conferido o grau académico.
Em 1983, passou para o canal televisivo ABC e, três anos mais tarde, começou a apresentar o "talk show" que lhe viria a dar reconhecimento a nível mundial. "The Oprah Winfrey Show" esteve no ar na televisão norte-americana durante mais de 20 anos, tendo o último programa sido exibido no dia 25 de maio de 2011.
Para além de ser uma personalidade influente nos Estados Unidos, Oprah é também uma conhecida ativista dos direitos dos negros. Em 2013, durante o segundo mandato de Barack Obama, foi merecedora de uma "medalha de liberdade" concedida pelo próprio.
Em 2011, tomou o passo mais radical da sua vida, ao fundar o canal televisão OWN (Oprah Winfrey Network), que numa primeira fase não correu como o esperado, obrigando a empresa a despedir 30 funcionários meses depois de ter sido lançado.