O realizador Quentin Tarantino disse várias vezes nas últimas décadas que já esteve preso durante oito dias. Aparentemente, não estava a falar verdade.
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Em várias ocasiões o realizador norte-americano referiu que já tinha sido preso, quando era jovem, devido a multas que não conseguia pagar por causa dos baixos rendimentos que auferia na altura.
Agora, o jornal "New York Post" alega que tais afirmações não correspondem à verdade. "Uma verificação dos registos de prisões do departamento prisional de Los Angeles não revelou quaisquer evidências no nosso sistema de o Sr. Tarantino ter sido preso", afirma o capitão daquele departamento, Christopher Reed.
Segundo o jornal norte-americano, o realizador já fala do seu tempo preso desde 1992, quando disse no "Paris Voice": "passei oito dias na prisão devido a multas de tráfego. Eles tratam-te como um animal e ninguém quer ser tratado dessa forma".
Aquela publicação vai mais longe e chega a afirmar, citando o departamento policial, que Tarantino, em 2000, tinha de facto uma multa por conduzir sem carta e por não comparecer em tribunal. Nessa altura, pagou 871 dólares "em lugar de uma sentença de oito dias de prisão imposta pelo tribunal", referiu Reed.
O realizador, que irá estrear "The Hateful Eight" em dezembro, foi notícia no último mês por criticar as ações dos polícias, tendo chegado a participar numa marcha em Nova Iorque contra a brutalidade policial.
O presidente do sindicato da Polícia de Nova Iorque reprovou, na altura, a atitude do realizador de "Pulp Fiction", dizendo que "não é surpreendente que alguém que ganha a vida a glorificar o crime e a violência odeie os polícias também. Os oficiais a que Tarantino chama de 'assassinos' não estão a viver numa das suas fantasias depravadas, estão a arriscar e, por vezes, a sacrificar vidas de forma a proteger a comunidade contra a violência".