Vasco Palmeirim elogia "público exigente" do "The Voice", que somou vitórias nas audiências
Depois de ter liderado nos últimos domingos, o programa de talentos da RTP1 bateu-se com a SIC e a TVI no passado fim de semana. O segredo? "A exigência dos telespectadores", defende o apresentador.
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O programa de talentos "The Voice Portugal" (RTP1) somou duas semanas de vitórias incontestáveis frente ao "Big Brother - A Revolução" (TVI) e "O Noivo É Que Sabe" (SIC) e no passado fim de semana continuou a bater-se com os dois canais privados pela liderança, registando quase 863 mil telespectadores de audiência média.
O mérito, diz, ao JN, o apresentador Vasco Palmeirim, também é do público. "O programa tem chegado a níveis muito altos de qualidade, porque a exigência do público também é alta", assegura. "Ainda bem que é assim. É sinal de que temos feito bem. O programa tem talento na voz dos concorrentes, conta com as avaliações dos nossos mentores e nós estamos aqui a fazer o nosso trabalho para que nada afete a qualidade do programa", garante.
Palmeirim, que apresenta o formato ao lado de Catarina Furtado, explica os desafios do "talent show" na presente conjuntura. "É um programa sempre novo, agora num contexto diferente. Temos de nos adaptar a fazer televisão em alturas de covid-19". O apresentador lamenta, contudo, a distância provocada pela pandemia. "É um programa de abraços. Há muitos afetos, também com as famílias, sobretudo quando as cadeiras viram e vemos que o clã se abraça todo. Mas pronto, salto sozinho e abraço-me", brinca o animador das "Manhãs" da Rádio Comercial, obrigado a cumprir, como todos os outros, o distanciamento de segurança sanitária.
"O que nós queremos, mesmo tendo dificuldade em fazer as coisas como antigamente, é continuar a fazer programas de televisão de qualidade."
Talentos nas redes
Nas redes sociais o "The Voice Portugal" é, também, um fenómeno. "Há uma malta jovem, e menos jovem, que procura o programa na Internet. É uma maneira diferente de fazer televisão. Mas o formato adapta-se muito bem a isso. É muito giro ver a complementaridade do programa: por exemplo, quando o concorrente não faz virar uma cadeira, no Instagram temos logo a reação dessa pessoa, ou seja, aquilo que não pode ir para o ar".
Nesta temporada, o programa foi reforçado por "Conguito", que sucede a Mafalda Castro. "Nem todos os programas conseguem fazer isso. O nosso apresentador digital teve uma adaptação muito fácil e traz sangue novo. É muito bom rapaz. Estamos a acolhê-lo, não de braços abertos porque não o podemos abraçar, mas de cotovelos esticados porque ele é uma mais-valia e é bom termos alguém que se adapta a um formato", remata Vasco Palmeirim.