
Atriz Lia Gama foi ao programa "Alta Definição"
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Atriz revela infância "sem afetos", com violência constante por parte do pai e da madrasta. Admite que nunca os denunciou.
A atriz Lia Gama revelou, este sábado, no programa de Daniel Oliveira, na SIC, que teve uma infância "sem afetos" e que foi vítima de constantes agressões por parte do pai e da madrasta. Visivelmente emocionada, a atriz contou que era o "bombo da festa", sendo agredida com um cinto e uma verdasca de marmeleiro.
Quando o apresentador do "Alta Definição lhe perguntou se alguma vez sentiu o amor do seu pai, Lia Gama foi rápida a responder. "Não, nada. Era sim paizinho, não paizinho. Admirava-lhe algumas coisas. A forma como ele se comportava, saía para a rua, de chapéu. Tinha um ar digníssimo. A minha madrasta tentava sempre manter muito as aparências daquela pequena burguesia de comerciantes muito aprumados", afirmou.
Foram várias as situação que Lia Gama apresentou. Todas elas, disse, profundamente marcantes.
"Era tão agredida fisicamente que as vizinhas fizeram uma carta anónima para o Tribunal de Menores a queixarem-se de uma criança. Eles foram julgados e absolvidos. Fui interrogada várias vezes, fizeram-me vários exames no Instituto de Medicina Legal e eu nunca os denunciei", referiu.
"Era com cinto, era com verdasca de marmeleiro, era de toda a maneira e feitio. Era verdadeiramente agredida. É horrível que ninguém está dentro das casas das pessoas e não sabe o que se passa", descreve, sublinhando que mesmo com a violência "nunca teve vocação para vítima, nunca chorou".
Lia Gama relatou que saiu de casa aos 13 anos, para ir trabalhar e que o pai, antes de morrer, pediu-lhe desculpas. "Quem me fez realmente mal eu não esqueço nem perdoo, mas o meu pai merece perdão, coitado dele", admitiu.
