Na sequência da acusação de assédio sexual por parte de Salma Hayek, um porta-voz de Harvey Weinstein emitiu um comunicado a desmentir a atriz e justifica o que aconteceu durante as filmagens do filme "Frida" como "fricção criativa".
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A atriz mexicana Salma Hayek concedeu uma entrevista ao "The New York Times", na qual acusou o produtor Harvey Weinstein de ser o seu "monstro", de a ter assediado sexualmente e a de ter pressionado a filmar determinadas cenas contra a sua vontade.
Esta quarta-feira, um porta-voz do produtor divulgou um comunicado negando as acusações da intérprete e justificou algumas das atitudes tomadas no set de filmagens.
"O Sr. Weinstein não se lembra de pressionar a Salma a fazer uma cena de sexo gratuita com uma mulher", pode ler-se num comunicado divulgado pelo site "Deadline". "Tal como na maioria dos projetos, houve fricção criativa no filme 'Frida', mas com o propósito de conduzir o projeto à perfeição."
O porta-voz de Harvey Weinstein acrescenta que o produtor "considera Salma Hayek como uma atriz de primeira classe e que a escolheu para vários dos seus filmes", além de ter sido o próprio Weinstein a fazer questão de a manter como protagonista quando a restante equipa preferia Jennifer Lopez. "Enquanto a Jennifer Lopez estava interessada em interpretar Frida (Khalo) e, na altura, era uma estrela maior, o Sr. Weinstein discordou dos outros investidores e apoiou a escolha de Salma para protagonista", adianta.
Por fim, o produtor admite ter tido uma reação intempestiva ao assistir a uma parte do filme e justifica-a com a "desilusão pela forma como o filme tinha sido cortado, razão pela qual assumiu uma posição firme na edição final, juntamente com a talentosa realizador Julie Taymor", conclui o representante do produtor que é acusado de assédio por mais 60 mulheres.