O ex-presidente do governo da Catalunha, Carles Puigdemont, saiu da prisão alemã de Neumünster, ao início da tarde desta sexta-feira, depois de ter pagado a fiança de 75 mil euros.
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À saída do estabelecimento prisional, onde estava há horas a ser aguardado por dezenas de jornalistas, Puigdemont exigiu a libertação de todos os independentistas presos.
O líder independentista catalão saiu da prisão pouco antes das 14 horas (13 horas em Lisboa), depois de mais de dez dias confinado na sequência de uma detenção pela polícia alemã em cumprimento de uma ordem europeia de detenção emitida pela justiça espanhola.
Madrid pede a sua extradição para Espanha pelos crimes de rebelião e peculato (uso fraudulento de dinheiros públicos), mas a Audiência territorial do estado federal alemão em que Puigdemont se encontra decidiu descartar do pedido o crime de "rebelião".
A justiça alemã ainda terá de tomar uma decisão sobre se extradita ou não Puigdemont, se bem que apenas pelo crime de peculato.
O ex-presidente da Generalitat agradeceu hoje todas as demonstrações de "apoio" e "solidariedade" recebidas enquanto esteve na prisão de Neumünster (norte da Alemanha) e apelou de novo ao diálogo de Madrid com a Catalunha.
A justiça espanhola acusou Puigdemont de crimes de rebelião, sedição e peculato por este ter declarado unilateralmente a independência da Catalunha e organizado um referendo ilegal, a 1 de outubro de 2017, com o mesmo objetivo.