O ministério da Segurança do Estado da China acusou hoje uma agência norte-americana de se infiltrar nos servidores do grupo tecnológico chinês Huawei desde 2009, numa altura em que os dois países disputam uma prolongada guerra comercial.
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Numa publicação na conta oficial na rede social Wechat, o ministério afirmou que o Escritório de Operações de Acesso Personalizado da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos começou a infiltrar-se nas redes da Huawei naquele ano para realizar "monitoramento contínuo" da empresa.
O ministério, que não deu mais detalhes sobre a alegada espionagem, indicou que as agências norte-americanas utilizam "armas sofisticadas" para realizar "ciberataques e espionagem", dirigidos a "45 países do mundo, incluindo China e Rússia".
E acusou Washington de "obrigar as empresas norte-americanas a cooperar", através da "implementação de mecanismos de acesso nos dispositivos, programas e aplicações das empresas tecnológicas".
Devido à influência das suas empresas tecnológicas, os Estados Unidos "conseguem assim controlar e usurpar dados a nível global", afirmou a organização.
O ministério chinês sublinhou ainda que o "ciberespaço está a tornar-se cada vez mais um novo campo de batalha para salvaguardar a segurança nacional".
A mesma fonte destacou que, sem cibersegurança, "não há segurança nacional, nem funcionamento estável da economia e da sociedade".
Washington e Pequim estão a travar uma guerra comercial e tecnológica. Os Estados Unidos impuseram sanções à Huawei, apontando alegados laços militares e aos serviços de inteligência chineses do grupo, e bloquearam o acesso de empresas chinesas a tecnologia norte-americana.