Em vez de rodas, o novo robô testado pela multinacional Amazon tem braços e pernas, movimenta-se livremente e consegue transportar até 16 quilogramas. A ideia é ocupá-lo com tarefas repetitivas, mas os funcionários temem despedimentos.
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A Amazon começou recentemente a testar um robô humanoide capaz de pegar num produto de diferentes tamanhos e pesos, erguê-lo e transportá-lo. O novo "funcionário" da multinacional de tecnologia americana chama-se "Digit" e é o primeiro que imita a forma do corpo humano, estando a gerar desconforto entre os empregados de carne e osso.
A experiência surge na tentativa crescente da Amazon de automatizar os seus armazéns, onde todos os dias é necessário realizar tarefas altamente repetitivas. Neste momento, a empresa soma mais de 750 mil robôs que ajudam a movimentar, classificar, identificar e embalar os pedidos dos clientes. A mais recente estrela da equipa é um androide projetado pela "Agility Robotics", que mede 175 centímetros, pesa 65 quilos e consegue carregar até 16 quilos.
Já que se movimenta de uma forma semelhante à do ser humano, é um robô "mais eficaz num mundo construído para as pessoas", explicou o diretor de tecnologia da empresa, Jonathan Hurst, citado pelo jornal espanhol "El País". O "Digit" consegue andar para a frente, para trás e para os lados, virar-se, andar agachado, esticar-se ou curvar-se.
Desempenho esse que está a assustar os trabalhadores, embora o chefe de tecnologia da Amazon Robotics, Tye Brady, garanta que as pessoas são "insubstituíveis" nas operações e que nunca será possível um armazém ficar totalmente automatizado. "A capacidade de pensar e de diagnosticar problemas" é exclusiva dos seres humanos, realçou.
A "Agility Robotics" não é a única empresa a projetar este tipo de humanóides. A "Figure AI", "1X", "Apptronik" e a "Tesla" também trabalham com estas máquinas, que estão cada vez mais avançadas.