A inteligência artificial (IA) é capaz de detetar anomalias fetais quase duas vezes mais rápido do que a tecnologia atual, segundo os resultados de um estudo britânico publicado esta quinta-feira.
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O estudo, realizado em 78 mulheres grávidas, foi realizado por investigadores do King's College de Londres, em colaboração com a Fundação do Hospital Saint Thomas.
O teste demonstrou que as ecografias realizadas com a ajuda da IA eram 42% mais rápidas do que as convencionais. Os resultados foram publicados no NEJM AI, uma versão do "New England Journal of Medicine" dedicada à inteligência artificial.
O estudo centrou-se em procurar problemas cardíacos em ecografias feitas na vigésima semana de gravidez, ainda que a IA seja capaz de encontrar qualquer anomalia fetal. "O nosso estudo mostrou que as anomalias identificadas pela inteligência artificial são precisas", referiu o investigador Thomas Day. Segundo explicou, esta tecnologia elimina a necessidade de pausas que os técnicos precisam para fazer medições e captar imagens, durante o exame médico.
Ashleigh Louison foi uma das grávidas que participou do estudo, com a ecografia feita por IA a detetar uma doença cardíaca no seu filho, Lennox. "Receber um diagnóstico cedo foi muito importante porque nos permitiu planear adequadamente o caminho a seguir", referiu.
O uso desta tecnologia está a ser implantado em vários hospitais de Londres.