A sonda japonesa SLIM, que converteu o Japão no quinto país do mundo a alunar com sucesso, confirmou a produção de energia, estabeleceu comunicação e reiniciou a exploração da superfície lunar, revelou, este domingo, a agência aeroespacial japonesa (JAXA).
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O SLIM (das siglas em inglês Smart Lander for Investigating the Moon [Módulo Inteligente para Investigar a Lua), aterrou no satélite natural da Terra às 0.20 horas local de dia 20 de janeiro (15.20 horas de dia 19 de janeiro em Lisboa), após um acidentada descida de 20 minutos em que perdeu um dos seus motores.
O aparelho conseguiu estabelecer comunicação com a Terra após alunar, mas foi incapaz de gerar energia a partir das suas células solares, um problema que segundo a JAXA já foi solucionado.
Apenas os Estados Unidos, a antiga União Soviética, a China e, mais recentemente, a Índia conseguiram pousar na Lua.
Mais de 50 anos depois de os humanos terem pisado a Lua pela primeira vez - os Estados Unidos, em 1969 -, esta voltou a ser o centro de uma corrida mundial.
Além dos EUA e da China, também a Rússia sonha em reviver a glória espacial da ex-URSS, nomeadamente juntando forças com a China e a Índia, que conseguiu realizar a primeira alunagem no verão passado.
As duas primeiras tentativas do Japão de pousar na Lua fracassaram. Em 2022, uma sonda JAXA, Omotenashi, a bordo da missão norte-americana Artemis 1, sofreu uma falha fatal da bateria pouco depois de ser lançada no espaço.
Em abril, um módulo da jovem empresa privada japonesa ispace despenhou-se na superfície da Lua, depois de ter falhado a fase de descida.