Paciente com chip cerebral pode usar rato de computador com a mente, garante Musk
Elon Musk, fundador da Neuralink, garantiu hoje que o primeiro paciente a quem foi implantado um chip cerebral da empresa tecnológica é agora capaz de controlar um rato de computador através do seu pensamento.
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“Parece ter-se recuperado totalmente, sem quaisquer efeitos nocivos registados e é capaz de controlar o rato e movê-lo pelo ecrã apenas com o pensamento”, garantiu o magnata da tecnologia, na rede social X.
Até este primeiro implante, que foi inserido no mês passado, este tipo de aplicações cerebrais tinham sido desenvolvidas apenas numa direção: do cérebro para o exterior, normalmente um computador que processa os sinais. Mas o projeto Neuralink pretende ser capaz de transferir informação também na outra direção, em direção ao cérebro.
A startup concentrou-se especificamente em projetar implantes para humanos capazes de interpretar sinais cerebrais para controlar diferentes tecnologias para que pessoas que perderam sentidos como a visão, o tato ou a fala, possam recuperá-los.
Recentemente, a empresa especificou que está a trabalhar em paralelo com dois tipos de implantes, um para restaurar a visão “mesmo em quem nunca a teve” e outro para restaurar funções corporais básicas em pessoas com paralisia, devido a danos na medula espinhal.
A Neuralink começou a recrutar pacientes para o seu primeiro ensaio clínico em humanos no outono, após receber a aprovação da agência para a segurança alimentar nos EUA (FDA, na sigla em Inglês) em maio.
Outras empresas também já instalaram um implante cerebral, também chamado de interface cérebro-máquina (IMC), num ser humano.
Em setembro, a empresa neerlandesa Onward anunciou que estava a testar o acoplamento de um implante cerebral a outro que estimula a medula espinhal, com o objetivo de permitir que um paciente tetraplégico recuperasse a mobilidade.
Já em 2019, investigadores do instituto Grenoble Clinatec apresentaram um implante que permite, uma vez instalado, a uma pessoa tetraplégica movimentar um exoesqueleto.