Spotify incentiva transparência e combate a abusos com inteligência artificial
O Spotify anunciou, esta quinta-feira, o reforço de várias medidas para incentivar artistas e editores a serem mais transparentes quanto ao uso da Inteligência Artificial (IA), bem como para limitar certos abusos cometido com a tecnologia.
Corpo do artigo
A plataforma sueca recomenda que músicos e produtores cumpram uma nova norma desenvolvida pela organização profissional DDEX, que quantifica o uso da IA e permite indicar na descrição de uma música se esta foi ou não concebida com recurso à tecnologia.
Uma vez integrados estes metadados (informações complementares às informações básicas) começaram a ficar visíveis na aplicação.
Contudo, o sistema funciona numa base voluntária e o Spotify não obriga aqueles que carregam conteúdo na sua plataforma a declarar o papel da IA na sua produção, sendo que a tecnologia pode ser utilizada de muitas formas diferentes e em várias etapas do processo de produção.
Embora o Spotify refira haver uma audiência mínima para músicas totalmente cridas por IA generativa, a plataforma diz querer combater os atores mal-intencionados, que usam a tecnologia para destacar o seu conteúdo, principalmente através da manipulação de algoritmos de pesquisa e recomendação.
Neste sentido, a plataforma anunciou hoje que atualizou os seus regulamentos para "deixar mais claro que o uso não autorizado de IA (...) de deepfakes ou outras réplicas ou imitações (sem acordo) não é permitido" e que os conteúdos em questão "serão removidos do Spotify", informou o responsável pelo marketing musical do Spotify, Sam Duboff, citado pela France Presse (AFP).