Numa investigação que, ao longo de dez anos, analisou mil milhões de estrelas, uma equipa liderada por uma universidade do Reino Unido descobriu um novo tipo de estrela que permace quase invisível ate libertar núvens enormes de fumo.
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Os astrónomos descobriram uma nova categoria de estrela gigante no centro da nossa galáxia, que batizaram de "velha fumadora". O projeto internacional, liderado pela Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, analisou, durante uma década, cerca de mil milhões de estrelas da Via Láctea, tendo revelado a existência destes misteriosos corpos celestes, envelhecidos e escondidos junto ao coração da galáxia.
Segundo explicaram os investigadores, citados pela BBC, essas estrelas permanecem inativas durante anos, quase invisíveis, até libertarem enormes nuvens de fumo e poeiras. Além disso, acrescentou o professor Philip Lucas, que liderou o estudo, foram também descobertas estrelas recém-nascidas, raramente vistas, conhecidas como protoestrelas.
Os estudiosos, não só do Reino Unido mas do Chile, Coreia do Sul, Brasil, Alemanha e Itália, utilizaram um telescópio infravermelho construído em Inglaterra e situado nos Andes chilenos. De acordo com Lucas, os avanços na investigação podem mudar o que se sabe sobre a distribuição de elementos no Universo.
"A matéria libertada pelas estrelas antigas desempenha um papel fundamental no ciclo de vida dos elementos, ajudando a formar a próxima geração de estrelas e planetas", realçou Lucas. Os cientistas pensavam que isto acontecia principalmente num tipo de estrela já bem conhecida, a chamada variável Mira. No entanto, os novos dados permitem agora um olhar bem mais amplo sob a propagação dos elementos nas galáxias.